A qualidade do fornecimento de energia elétrica em Posto da Mata, distrito de Nova Viçosa, tem sido motivo de revolta entre comerciantes e moradores. O descontentamento com a atuação da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) é crescente, principalmente diante dos prejuízos causados por frequentes interrupções e instabilidade na rede elétrica.
Em entrevista à nossa reportagem, Heloína Gonçalves, comerciante local e proprietária da Bahia Acessórios, relatou o drama vivenciado por lojistas que, em plena temporada de compras de fim de ano, sofrem com constantes quedas de energia.
“A cidade está supermovimentada. As pessoas estão nas ruas, o comércio está aquecido, e não é o momento para a Coelba realizar esse tipo de trabalho”, desabafa Heloína. Ela se refere à troca de postes e redes elétricas, que tem causado transtornos não apenas pela falta de informação prévia, mas também pelo acúmulo de fios expostos e obstrução das vias.
Um dos episódios mais críticos ocorreu há cerca de quinze dias, quando um transformador localizado próximo ao Banco do Brasil explodiu e pegou fogo. Desde então, a situação só piorou. “Hoje completam oito dias de falta de energia para muitos comerciantes aqui no centro. Muitos perderam maquinários, equipamentos queimaram, e o prejuízo nos lucros é generalizado”, relata a empresária.
Além do impacto financeiro, o problema afeta o bem-estar dos comerciantes, que lidam com a incerteza de não saber quando o fornecimento de energia será normalizado. “Nosso psicológico está abalado. Eu me preocupo não apenas com minha loja, mas com meus vizinhos, que estão em situação ainda pior. A instabilidade causa um sentimento de impotência”, desabafa Heloína.
A falta de energia também compromete a relação com os clientes. Segundo a empresária, pagamentos via cartão ou Pix são dificultados, e o desconforto provocado pelo calor em lojas sem ar-condicionado afugenta os consumidores. “Os clientes entram e encontram tudo apagado. O calor é insuportável, e não conseguimos oferecer um ambiente adequado para as compras”, explica.
Apesar dos apelos da comunidade, até o momento a Coelba não ofereceu uma solução definitiva ou reunião formal com os comerciantes. A comunicação tem sido intermediada por representantes locais, como presidente da CDL, Walter Leocádio, que repassa informações de maneira esporádica. “Eles dizem que vão resolver, mas nada muda”, lamenta Heloína.
A empresária faz um apelo por respeito e empatia por parte da Coelba e cobra ação mais enérgica da Secretaria de Obras do Município. “Queremos um posicionamento sério e que a situação seja resolvida antes do Natal. Precisamos estar focados em atender nossos clientes, e não lidando com transtornos e prejuízos”, conclui.
O drama de Posto da Mata expõe não apenas a fragilidade do fornecimento de energia na região, mas também a falta de planejamento adequado para execução de obras em momentos críticos para o comércio local. A população segue aguardando soluções concretas e espera que a Coelba assuma sua responsabilidade, evitando que situações semelhantes se repitam no futuro.
Fonte/Créditos: Da Redação, com informações de Gerson Leal
Créditos (Imagem de capa): Google
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