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O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) concluiu, na tarde desta quarta-feira, 12 de fevereiro, o julgamento do processo nº 0600501-10.2024.6.05.0035, que envolve o prefeito reeleito de Mucuri, Roberto Carlos Figueiredo Costa, conhecido como Robertinho, e seu vice, Vanderlei Rezende Figueiredo. Por unanimidade, os desembargadores decidiram manter a decisão monocrática anterior, que havia absolvido os réus das acusações de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral.

A sessão, realizada de forma presencial com possibilidade de participação virtual, foi marcada por sustentações orais das defesas de ambas as partes. A coligação "O Trabalho Vai Voltar", autora da ação, reiterou as acusações de irregularidades cometidas pelo prefeito e seu vice, enquanto a defesa dos réus argumentou pela manutenção da decisão anterior, que considerou insuficientes as provas apresentadas.

A decisão do TRE-BA garante, por enquanto, a permanência de Robertinho e Vanderlei Figueiredo nos cargos de prefeito e vice-prefeito de Mucuri. No entanto, a coligação "O Trabalho Vai Voltar" já informou à reportagem que recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, na tentativa de reverter o resultado.

O adiamento do julgamento, inicialmente previsto para segunda-feira, 10 de fevereiro, havia aumentado a tensão no cenário político de Mucuri. A coligação questionou a falta de comunicação sobre a data original, o que levou o TRE-BA a remarcar a sessão e permitir a participação equitativa de ambas as partes.

Caso a decisão monocrática fosse revertida, Robertinho e seu vice poderiam ter os mandatos cassados e serem declarados inelegíveis por oito anos. Agora, com a manutenção da decisão, o prefeito segue à frente da administração municipal, mas o caso ainda pode ser reavaliado pelo TSE, mantendo a incerteza sobre o desfecho final.

O resultado do julgamento é considerado crucial para o futuro político de Mucuri, podendo impactar não apenas a gestão atual, mas também as próximas eleições e o cenário político local. A coligação "O Trabalho Vai Voltar" afirmou que continuará lutando pela "moralização da política" e aguarda o próximo capítulo dessa disputa no TSE.